88. Balvenie 12 anos, DoubleWood!!!

Whisky de malte Escocês da região de Speyside. 40% de teor alcoólico. Tem corante e passou por filtragem gelada.

Balvenie. Destilaria pertencente ao grupo “William Grant & Sons”, Grupo familiar, terceiro maior produtor de whisky da Escócia! Atrás apenas da “Diageo” e da “Pernord Ricard”, dono de outras destilarias de malte e grãos, na Escócia e Irlanda (como, por exemplo, Glenfiddich e a Tullamore), além de muitas outras marcas de bebidas pelo mundo.

Inaugurada em 1882, pelo próprio Willian Grant, começou a destilar em 1883, bem ao lado de sua irmã mais velha, Glenfiddich.

O nome “Balvenie” é uma homenagem ao “Castelo Balvenie”, hoje em ruinas preservadas, que fica há apenas 15 minutos de caminhada da destilaria.

Estando no castelo, você desce uma pequena colina, passa dentro da Glenfiddich, em seguida passa em frente à destilaria Kininvie (outra do grupo “Grants”), e chega à destilaria Balvenie.

Durante muito tempo, toda a produção de whisky de malte da Balvenie era utilizada nas fórmulas de blendeds da família “Grant”.

Somente em 1971, a Balvenie engarrafou seu single malt. Uma versão com 8 anos de envelhecimento.

Em 1974, David C. Stewart, que já era funcionário da “William Grant & Sons”, desde 1962, começa sua carreira como “Malt Master”, responsável pelas misturas dos blends e engarrafamento de single malts.

No ano de 1983, David Stewart resolveu, após envelhecer um whisky de malte por quase 12 anos em barris tradicionais ( barris de carvalho americano, que antes contiveram Bourbon, usados pela segunda ou terceira vez para enchimento com whisky), passar todo o líquido contido nesses barris para outros barris, agora maiores, de carvalho europeu, que antes contiveram vinho Jerez (ou Xerez, ou Sherry), de primeiro uso, nunca antes utilizados para envelhecer whisky.

Esse processo, inventado por David Stewart, é conhecido até hoje como “acabamento” ou “finalização”. E transmite complexidade, camadas de sabor, ao whisky.

Nascia assim o “The Balvenie Classic”!

Já em 1993, esse whisky ganhou novo rótulo, garrafa, embalagem e mudou seu nome para o que conhecemos (e amamos), hoje:

Balvenie DoubleWood”!

David Stewart ainda revolucionou (novamente), a indústria do whisky criando, tempos depois, o elogiadíssimo “Glenfiddich 15 anos Solera”, com uma forma diferente e revolucionária de misturar e envelhecer whisky (mas esse terá seu próprio review daqui um tempinho…).

Em 2009, David preferiu ficar apenas com a Balvenie, sendo seu malt master. Para todo o restante do conglomerado “Grants”, Brian Kinsman, é, hoje, o responsável.

Sobre nosso ótimo Balvenie DoubleWood, podemos dizer que é um whisky muito bem balanceado.

Aroma sem álcool aparente. A influência dos barris ex Bourbon é maior. Desprende notas de mel, um cítrico doce (como uma laranja muito madura), nozes trituradas, caramelo e o Jerez de fundo.

Pouco encorpado mas consistente. Frutado e doce. Ameixa branca, baunilha e canela. Leve apimentado de noz moscada com chocolate ao leite.

Finalização média. Doce, levemente apimentado.

É muito saboroso!

Sobre a ideia genial de envelhecer o whisky num barril e finalizá-lo em outro, hoje tão usada, só podemos dizer: Obrigado David Stewart!!!

Por coincidência (ou não), meu filho se chama “Davi”. Hehehe

Fato é que, David e a Balvenie inovaram e ditaram novos rumos para a indústria do whisky. A finalização, hoje em dois, três, quatro tipos de barris é bastante comum! Tudo isso para uma única finalidade: Dar complexidade, profundidade, deixar nossa bebida favorita rica de sabor! E isso é muito bom!

Saúde!

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