109. Singleton – Dufftown, 12 anos!!!

Single Malt Whisky da região escocesa de Speyside.

40% de teor alcoólico.

Passou por filtragem à frio e lhe foi adicionado corante.

“Singleton”, uma submarca pertencente à gigante Diageo! Sim, a mesma dona da marca “Johnnie Walker”, lançou essa submarca para dar visibilidade a algumas destilarias de sua propriedade. É comercial, mas uma ótima oportunidade de expor cada vez mais a personalidade de algumas destilarias, que muitas vezes, ficam apenas diluídas dentro de blendeds.

A proposta é engarrafar whiskies de malte, indicados para aquelas pessoas que buscam uma bebida equilibrada e fácil de beber e também para iniciantes no mundo do whisky de malte.

“Dufftown – Glenlivet Distillery” é uma destilaria fundada na cidade homônima, inaugurada em 1895, nas instalações de um antigo moinho de aveia, passou a produzir whisky de malte no ano seguinte.

Possui seis alambiques e a grande maioria da produção da Dufftown é usada pela Diageo na produção de Blendeds.  Apenas cerca de 5% da produção é engarrafada como single malte.

O malte da Dufftown é coadjuvante na fórmula do famoso Blended “Bell’S, o Blended whisky mais vendido no Reino Unido (o malte principal de Bell’S é o Blair Athol).

A Diageo não diz muito sobre a maturação de seu Dufftown 12 anos.  Fala em barris de carvalho americano ex Bourbon e boa parte de barris de carvalho europeu.

Degustando o whisky, é fácil notar que sua maturação se deu, em sua maioria, em barris ex Bourbon; e barril refil!  Tamanho é sua simplicidade e falta de profundidade. 

Provavelmente esses “barris de carvalho europeu” são barris ex Jerez e também devem ser refil.

A Diageo coloca no mercado uma opção de single malte maturado na forma ou no modelo empregado na maioria da maturação de seus blendeds:  reúso.  Ou refil.

Bom, ela precisa fazer circular seus barris já usados em whiskies mais complexos.

Devido à grande quantidade, barris de reúso são considerados os legítimos barris “clássicos” de maturação do whisky escocês.

Os whiskies mais vendidos no mundo são os blendeds de entrada.  Pois bem, são envelhecidos em sua grande maioria, em barris de reúso.

Nosso whisky degustado hoje parece segue a mesma fórmula.  Vejamos o que ele nos oferece:

Aroma suave de malte, com leve floral e frutas amarelas um pouco cítricas, como abacaxi e damasco.  Não há presença da sensação alcoólica.

Consistência rala na boca. Doce, mas não muito. Adstringente. O aroma é mais frutado que o sabor.  Baunilha, nozes e mel, discretos.  Mentolado e amargor também leves.

O final é de curta duração.  Leve apimentado de gengibre e mel.  Continua adstringente.

Não é marcante.

Um whisky bem feito, sem defeitos, mas sem complexidade alguma.  Carece de caráter.

Boa opção para quem quer um whisky para um churrasco, para uma ocasião informal ou para beber por beber, despretensiosamente.  Simples assim.

Saúde!

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.