Blended Whisky Escocês com 40% de teor alcoólico.
Possui corante. Passou por filtragem à frio.
Criado em 1899 por A. J. Cameron, primeiro Master Blender de Dewar’s.
É o blended escocês mais antigo ainda em produção! E um dos mais vendidos do mundo. Líder nos EUA em seu nicho de mercado.
Símbolo de inovação, como detalhamos na história da família Dewar’s, com ele se popularizou a técnica, patenteada pela própria marca, do “duplo envelhecimento”, ou seja, após a mistura dos whiskies de malte e de grão, o agora blended whisky, repousaria por mais 6 meses em barris ativos.
Alguns whiskies da fórmula podem ter sido substituídos, mas o perfil centenário de sabor continua o mesmo.
No final do sec. IXX, A. J. Cameron já havia desenvolvido seu processo de dupla maturação para os whiskies dos Dewar’s; e seus whiskies já eram conhecidos mundo à fora!
Faltava criar um símbolo para esse sucesso.
Surgia então a etiqueta branca:
Para garantir que não faltasse whisky de malte em sua fórmula, os proprietários, John e Tommy Dewar’s, resolveram construir sua própria destilaria: Aberfeldy.
Adquiriram terras estrategicamente próximas de onde o patriarca da família nasceu, portanto, cheia de memórias afetivas, somadas ao fato de serem muito bem servidas de água pela fonte “Pitilie”.
A destilaria Aberfeldy passou a ser, desde então, o lar de Dewar’s.
E mesmo após 1998, quando a caribenha “Bacardi” comprou a marca, Aberfeldy continua respeitando a memória de seus criadores.
Até hoje, em cada garrafa de Dewar’s, Aberfeldy é o malte principal! É o seu coração.
E sobre o Dewar’s White Label:
Lágrimas estreitas escorrem de forma rápida pela tacinha, permanecendo whisky grudado por todo bojo sem descer.
No aroma ele deixa transpassar sensação alcoólica. Não esconde ser bem jovem. Mas não compromete.
Uma dica: gire a taça vigorosamente algumas vezes (como os degustadores de vinhos), com cuidado.
E deixe descansar por breves minutos. O álcool vai se dissipando…
No aroma, malte, baunilha, urze, grama cortada e cítrico (abacaxi e limão siciliano).
Na boca o corpo é leve pra médio.
O doce sobressai. Mel, baunilha e malte. Uma citricidade comportada aparece (laranja lima), junto com cereais (possivelmente trigo), discretos. Há um amargor no sabor que permanece no retrogosto (que é curto), e também levemente doce e apimentado.
Notei a falta de adstringência, comum em whiskies jovens. Talvez efeito do duplo envelhecimento.
Com a taça esvaziada, leve floral de baunilha e malte rançoso.
Para um whisky de entrada de uma marca de produção em massa, o “White Label” se comporta bem.
Seja puro, com gelo, num drink ou congelado, ele não decepciona.
O rótulo possui mais de uma centena de anos de seu lançamento e é aquele whisky “operário”, aquele que fixou as raízes profundas da marca Dewar’s no mercado mundial. A ele, nossos respeitos!
Saúde!!!
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