Blended Scotch Whisky. 43% de teor alcoólico.
Continuando com a linha da marca “Ballantine’s”, chegamos a sua versão cujo whisky mais novo usado na composição, seja ele de grão ou de malte (veja aqui a diferenciação), ficou por no mínimo 21 anos maturando, envelhecendo, em barris de carvalho. Importante destacar que ele não é uma evolução natural do Ballantine’s 17 anos. Não. Ambos possuem fórmulas diferentes na mistura.
No caso do Ballantine’s 21 anos, o uso de uma maior quantidade de barris que antes envelheceram vinho Jerez é marcante. Não que seja maioria. Os barris que antes contiveram Bourbon foram mais usados, mas a proporção ficou bem mais equilibrada. Aliás, EQUILÍBRIO seria uma bela palavra para designar esse whisky!
Lançado oficialmente em 1993, em sua composição, novamente, a tríade de maltes padrão da Ballantine’s: Glenburgie, Miltonduff e Glentauches.
É uma submarca da gigante francesa “Pernod Ricard” (dona também da Chivas), então nada impede que possa conter maltes, por exemplo da Glenlivet, Aberlour e Longmorn em sua fórmula.
A empresa afirma que em Ballantine’s 21 anos, existe a mistura de mais de 50 tipos de whiskies diferentes!!!
E uma curiosidade bem interessante: Foi usado whiskies de grãos da destilaria Dumbarton, uma destilaria que não existe mais. Na própria garrafa eles fazem questão de fazer a menção.
Construída em 1938, charmosa com seus tijolos vermelhos, foi responsável, por décadas, por fornecer whiskies de grãos, principalmente feitos de milho e trigo, destilados em alambiques de coluna (alambiques “Coffey”, ligeiramente modificados), para os blendeds da marca Ballantine’s. Foi fechada em 2002 e demolida em 2017.
E para nossa alegria, nossa garrafa foi engarrafada à 43% de teor alcoólico (existe a versão de 40%).
O que notamos nesse whisky:
Um aroma bastante perfumado. Floral, amadeirado e um frutado doce. Uvas-passas, maçã vermelha, grama cortada e uma certa refrescância muito bem vinda! Pensem numa casca de laranja recém cortada com gotas de baunilha.
Oleosidade média na taça. Não se pode dizer que é mais oleoso que o Ballantine’s 17 anos.
Sabor que remete ao cítrico doce. Complexo. Camadas de sabor. Notas amadeiradas e amendoadas surgem em segundo plano. Raspas de laranja com mel, gengibre e um leve mentolado também surgem na boca. Muitos degustadores sentem turfa. Eu sinto essa refrescância mentolada. Num whisky envelhecido (muito bem envelhecido), isso é muito agradável!
O retrogosto é doce e apimentado. Um apimentado condimentado. Gengibre e Noz Moscada. Também há uma sensação adstringente que fica por um bom tempo na boca.
Um whisky complexo e muito bem equilibrado. O fato de estar mais carregado de sabores de especiarias proporcionou uma deliciosa surpresa! Vale seu preço e nos convida a continuar percebendo, nos deliciando, com a evolução da maturação da marca Ballantine’s.
Saúde!
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