Já contamos a história interessante da marca Ballantine’s (aqui); hoje visitamos seu whisky envasado com, no mínimo, 12 anos e um dia de envelhecimento.
40% de teor alcoólico e passa por filtragem gelada.
Uma combinação de mais de cinquenta whiskies, entre whiskies de malte (mantendo a base Ballantine’s: Miltonduff, Glentauchers e Glenburgie), e whiskies de grãos; lançado oficialmente no final da década de 1950.
Lágrimas estreitas escorrem pela taça. A maioria rapidamente. Mostra que o whisky não possui muita viscosidade. Barris de pouca qualidade, graduação alcoólica e até o doce do malte podem influenciar na oleosidade de um whisky. É um whisky pouco encorpado.
No aroma sente-se um pouco de álcool. Melhor deixá-lo descansando por alguns minutinhos.
Por trás do álcool nota-se um pouco de influência de barris ex Jerez. Cítrico, puxando para laranja madura e pêssego.
A Ballantine’s não usa a mesma fórmula e envasa com idades diferentes. Cada whisky, desde o “Finnest” até o 40 anos possui uma fórmula diferente.
Na boca é ralo. Doce amendoado apimentado. Um amargor enfumaçado surge e incomoda um pouco. A pequena parte de barris ex Jerez, somados ao envelhecimento por 12 anos, torna-o um whisky um pouco mais complexo que o “Finest”. Os barris ex Jerez dão um toque de complexidade, tímida, mas detectável numa degustação.
O final é médio. O amargor é persistente. Fica na boca uma certa sensação adstringente, um enfumaçado seco. Não é turfa de Islay. É seca e terrosa.
Não é um whisky ruim. Mas em seu segmento de mercado possui muita concorrência de peso.
Uma versão de Ballantine’s um pouco mais complexa que o whisky de entrada, o “Finest”, mas que ainda lhe falta um pouco de polimento. Não é muito agradável degusta-lo puro. Com gelo ou em drinks, é mais interessante. Isso para o meu paladar. Se você curte, saúde! Falaremos em seguida, de versões mais envelhecidas e complexas de Ballantine’s!
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